Resenha de As batalhas do Castelo
- Por Beatriz dos Anjos
- 6 de fev. de 2018
- 3 min de leitura
"Gente que luta por uma vida melhor, no tempo dos castelos, no entanto com armas que continuam atuais” Uma história de confiança, companheirismo e criatividade.

Venha conhecer essa história maravilhosa lida há muitos anos e que fez uma diferença marcante na minha vida.
Sinopse: 'Mais ou menos lá pelo meio da Idade Média' um bobo da corte recebe de herança do rei um castelo abandonado - e também os doentes e aleijados do reino como súditos Começa assim este romance de heróis estranhos - e, na realidade, tão comuns - que lutam por uma vida melhor com armas muito atuais, como o trabalho, o companheirismo, a confiança e a criatividade, para vencer a fome e a peste.
TÍTULO: AS BATALHAS DO CASTELO
AUTOR: DOMINGOS PELLEGRINI
GÊNERO: LITERATURA INFANTO JUVENIL
LANÇAMENTO: 2003
EDITORA/WATTPAD: MODERNA
PÁGINAS/CAPÍTULOS: 208
Um livro que me surpreendeu muito da primeira vez que o li e continua me surpreendendo toda nova vez que leio.
Esse livro me foi indicado por uma professora de história quando eu estava ainda no primário e o comprei. Na época eu era completamente viciada em livros e os lia em um dia ou menos. Claro que o tempo livre entre as aulas e o curso me ajudava a realizar esses maravilhosos feitos. Hoje em dia com trabalho e faculdade me consumindo 75% do dia jamais conseguiria repetir essa velocidade.
Foi um livro que me transportou para um universo completamente diferente do que eu estava acostumada a ler. Sempre fui muito fã de princesas e contos de fadas e de repente jogaram na minha pilha de leitura um livro com uma pegada histórica muito forte.

Na minha primeira leitura, lembro de ter demorado certo tempo para enfrentar esse bicho de sete cabeças. Ele ficou paradinho na estante por um tempo consideravelmente maior do que todos os outros, mas finalmente chegou o dia em que não havia mais nada que eu pudesse ler e finalmente chegou a vez de As batalhas do Castelo.
Logo que abri o livro no primeiro capítulo já me deparei com uma cena um tanto quanto impossível de acontecer no curso natural da história, pelo menos até onde eu havia estudado a história: um bobo da corte, após a morte do rei, ganha o direito sobre terras que ele deveria prover e um título para que pudesse cuidar de seu próprio castelo, largando assim a vida de bobo e passando a ser um Duque.
E daí pra frente o livro passou extremamente rápido. Tão rápido que tive que ler mais duas vezes quando criança e uma quando adulta pra entender toda a complexidade por trás da história contada nas 206 páginas do livro.
A edição que eu tenho comigo é de 2011 pela editora Moderna, mas sei que depois disso já houve uma edição mais nova e diferente que vocês podem ver na imagem abaixo.

Eu simplesmente fiquei apaixonada por essa história que mostra toda a desigualdade e desumanidade dos reinos da Idade Média. Todos os dados históricos vêm mascarados de ficção e nos fazem aprender, mesmo que seja apenas um pouco, dos hábitos de vida das pessoas sofridas que viviam nos reinos e dos reis que governavam tudo em cima de seus castelos, aproveitando todo o luxo que a época poderia lhes oferecer.
Domingos Pellegrini, o autor dessa maravilhosa história, acertou em cheio em cada mínimo ponto e a narração vem em um ritmo suave e melódico. Todas as falas parecem ser poesias escritas para aquele momento, músicas cantadas com o coração para que todos possam escutá-lo.

Mas poderia ser diferente quando se trata de um Duque que foi bobo e conhece todo o sofrimento daquele povo que agora o segue com tanto afinco? Sim, o Bobuque acabou se tornando um líder, alguém que todos admiram e querem seguir. Ele motiva a todos, em todos os vilarejos por onde passa antes de chegar a terra que fora destinada a ele e seu novo povo.
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