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Resenha - A zona Morta


Ritmo que envolve, em uma aventura cheio de poderes sobrenaturais e um final surpreendente. ‘A Zona Morta’, de Stephen King, consegue trazer ao leitor a vida conturbada de um professor chamado Johnny Smith após um acidente que, acidentalmente, limitou seu cérebro a identificar alguns objetos e, desconhecidamente, após tocar sua mão em algo, lhe ocorre vislumbres do futuro e do passado, quase que como premonições.

 

TÍTULO: A Zona Morta.

AUTOR: King, Stephen.

GÊNERO: Suspense/Terror Psicológico.

LANÇAMENTO: 1979, agosto.

EDITORA: Objetiva.

PÁGINAS/CAPÍTULOS: 496 páginas divididas em 27 capítulos.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Foi adaptado em 1983 com o filme ‘A Hora da Zona Morta’, e também foi reformulado na série ‘O Vidente’.

NOTA: 3,5 (Bom).

SINOPSE:

Após passar cinco anos em coma profundo, Johnny Smith, um simples professor, acorda de seu estado inconsciente não reconhecendo certos objetos. Segundo os médicos, Johnny está com uma área de seu cérebro danificada, a qual eles chamam de Zona Morta. Entretanto, este será o menor dos problemas na vida de Johnny daqui para frente.

Ele agora é capaz de, com um simples aperto de mão, saber fatos do passado das pessoas e prever seu futuro. Para aqueles que estão a sua volta, esta é uma dádiva. Para Johnny, não passa de uma maldição. Com isso, o professor torna-se popular, atraindo um número crescente de pessoas em busca de previsões.

Mas, ao apertar a mão de Greg Stillson, um inescrupuloso político norte-americano, Johnny será atormentado por uma visão apocalíptica. Ele será, então, obrigado a tomar uma decisão que pode mudar não só a sua, como a história de todo o mundo.

IMPRESSÕES DO LIVRO:

O simples professor Johnny é apresentado ao leitor de forma estranha, num acidente que teve na infância ao patinar no gelo. O que ocorre após é sua vida no presente (em um romance com Sarah Bracknell, ambientado num improvisado cassino, quando os primórdios vislumbres aparecem), quando um acidente muda sua vida para sempre.

Cinco anos de coma, Johnny volta com a incrível habilidade (ou sua mais terrível maldição) de entender o passado e prever o futuro com o tato. Mas, ao mesmo tempo, uma parte de seu cérebro acaba afetada, fazendo-o limitar a capacidade de identificar certos objetos. Durante toda a trama, o personagem enfrenta obstáculos por causa da habilidade sobre-humana, mas sua vida vai realmente fazer sentido quando, numa desesperada caça, ter de enfrentar um futuro político americano capaz de começar uma apocalíptica guerra nuclear.

A experiência que Stephen King traz ao leitor é: até onde o ser humano é capaz de ir para o bem do próximo? Por incrível que pareça, o clímax da história é, de longe, um dos pontos mais fracos da história, já que, com a simpatia exposta pelo protagonista, acabamos apegados a vida rotineira de sua fama sobrenatural. Durante todo o enredo, Johnny é construído por meio de fatos assustadores (suas previsões são extremamente horripilantes) e cotidianos (o fato de ter de encarar a namorada casada, pois ficara dormindo por cinco anos no hospital). O terror no livro está carregado nas visões do protagonista que, com lampejos e falas avulsas, colocam o leitor num estado de choque.

Os personagens secundários são criados para levar Johnny aos lugares. De uma parte a outra, vemos novas caras e novas personalidades (e, consequentemente, novos desafios) que conduzem o fio da trama. Além de oscilar em cenas cansativas e cenas de tirar o fôlego, o geral é que, sim, o livro é um ‘baita’ suspense.

Cheio de surpresas e com final arrasador, ‘A Zona Morta’ é uma experiência vívida de leitura, que traz em pauta assuntos atuais e que colocam nossas atitudes no lapidar do caráter. Uma história castigante de alguém que é como nós.

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