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Meus primeiros contatos com a poesia

  • Por Gabriel Yukio Goto
  • 12 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Sempre fui poeta, só não sabia que era. Sempre olhei para as coisas ao meu redor de maneira especial, só não sentia isso ainda… Hoje é fácil perceber ao olhar para trás, já não me imagino mais como eu era antes sem ser esse fingidor. Sou poeta, sempre fui, não é possível que seja trabalhoso ser poeta, sim, eu estudei muito e li muitos poetas, mas o sentimento que aflora em meu peito não pode ser lapidado, simplesmente jogado em versos e talvez amadurecer, é bom quando sentimentos amadurecem, pois os tornam ainda mais valorosos.

Tenho apenas alguns flashbacks da minha alta infância, mas um deles - que as vezes acabam se confundindo com sonhos e não com fatos que deveras existiram - foi: eu, minha mãe e a minha bisavó sentados na sala de nossa antiga casa, era mais de 17h e viam TV, eu estava com um caderno e escrevia nele, lembro de ter desenhado uma árvore e ao seu lado um poema para essa árvore, além de ter escrito mais dois poemas um para cada mulher que me acompanhava naquela tarde.

Não possuo nenhuma ruína desses poemas da minha alta infância, não sei se obteve continuidade ou se foram escritos de apenas uma única noite, mas todo o sentimento permaneceu adormecido fundo em meu peito tanto que em 2011, no auge de meus 13 anos, eu voltei a escrever algo parecido com crônica e com conto, mas foi em 2013 ao se apaixonar perdidamente que todo o lirismo voltou para mim. Só que era algo tudo tão bobo apenas meu e de minha amada, que com o inevitável fim não teve continuidade. Dos que eu ainda tenho a carcaça, o primeiro data de abril de 2015 e é curioso perceber que faz dois anos que escrevo fervorosamente esses meus poemas.

Foi ao entrar na faculdade, no curso de Letras que aos poucos fui me aprofundando mais na poesia, nas vidas e obras de muitos poetas que acabei me rendendo de vez a essa paixão, e por ainda conhecer tão pouco dela, me motivo em tê-la comigo para o resto de minha vida.

É desnecessário explicar a poesia para um poeta, pois ele a sabe de cor e salteado todos os seus nuances e explicar para alguém que não tem afeto por ela, é complicadíssimo até mesmo impossível em certos casos.

Todo mundo já teve contato com poesia, mesmo que possa dizer que não seja um “fã”, há poesia em tudo nessa vida! Nas músicas que ouvimos (em algumas, não entrando no mérito do lirismo em cada uma), com certeza nos deparamos com uma música que nos descreveria por inteiro, que a letra ficasse marcada por meses até mesmo uma vida contigo, porque o efeito disso é a poesia envolvida nela.

No Trovadorismo, as poesias eram as cantigas e eram feitas para serem cantadas, no Humanismo com o surgimento da poesia palaciana ela se separou da melodia e seguiu carreira solo… Até o século XX (sendo mais exato, talvez antes disso com algumas óperas) em que a poesia voltou a se aliar a melodia e formam as músicas que conhecemos hoje.

Um bom exemplo disso é o de Arnaldo Antunes que é um poeta sensacional e um compositor e intérprete tão bom quanto, escreveu muitos livros e canções, para que ele ou outros artistas interpretassem, um de meus favoritos dele seria:

A poesia sempre tem um começo, mas nunca um final. Ela é aquilo que tem que ser, no momento que tiver que ocorrer.

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